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domingo, 21 de novembro de 2010

ANÁLISE, CLASSIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DO GÊNERO PROVÉRBIO EM RELAÇÃO ÀS FRASES DE PÁRA-CHOQUE DE CAMINHÃO.






UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA







Centro de Letras e Artes – CLA






Curso de Letras






Produção de texto






Professora: Maria Soares






ARTIGO CIENTÍFICO



¹ ANÁLISE, CLASSIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DO GÊNERO PROVÉRBIO EM RELAÇÃO ÀS FRASES DE PÁRA-CHOQUE DE CAMINHÃO.

XIMENES, Marcia Pereira

COSTA, Deusilene Rodrigues da


RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar os gêneros, enfatizando o gênero provérbio, observando seu conceito, progresso, alguns tipos de provérbios como bíblico, chinês e popular e o diferenciando das frases de pára-choque de caminhão. Utilizando como referência os estudiosos Marcuschi, Albuquerque, Xatara e Succi, Chia, Amaral e Miguel dentre outros. Na metodologia utilizada, deu-se preferência a de caráter descritivo, pois assim pôde-se obter um estudo mais detalhado sobre o tema aqui estudado. Este estudo é relevante porque muitas pessoas ainda confundem os gêneros provérbio e frases de pára-choque de caminhão, por serem composto de frases curtas e de fácil entendimento. O resultado obtido através desse estudo demonstrou que os dois gêneros são muitos parecidos, mas é possível diferenciá-los a partir da função comunicativa a que se destinam, pois os provérbios se destacam cada vez mais porque são transmitidos de maneira oral e escrita e fazem parte da cultura de muitos povos, já as frases de pára-choque de caminhão são de caráter individual e não possuem tanta repercussão, pois são restritas a um meio especifico dos caminhões e nem sempre são repassados à todas as pessoas como acontece com os provérbios.


Palavras-chave: Provérbios. Gênero. Evolução. Frase.

INTRODUÇÃO

O gênero provérbio tem sido muito confundido por causa do seu valor simbólico. Por isso, esse gênero vem, muitas vezes, sendo comparado a variantes

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1 Artigo elaborado com o intuito de adquirir a nota para AP2, da disciplina Produção de Texto.

2 Aluna do 4º período do curso de Letras, habilitação em Língua Portuguesa, da Universidade Estadual Vale do Acaraú − UVA.

3 Aluna do 4º período do curso de Letras, habilitação em Língua Portuguesa, da Universidade Estadual Vale do Acaraú − UVA.

significações do gênero pára-choque de caminhão.

Porém, além de apresentarem um conselho a cerca de uma experiência vivenciada anteriormente por outras pessoas, os provérbios dão conselhos e possuem uma estrutura simples, o que facilita ao leitor identificar com clareza esse gênero.

Constata-se esta análise nos estudos de Marcuschi (2008) que aponta as características dos gêneros orais e escritos, demonstrando que os gêneros nascem com características sociais. Albuquerque (1989) que destaca a origem dos provérbios fazendo uma retrospectiva às sociedades arcaicas. Xatara e Succi (s/d) que enfatiza que os provérbios são de origem religiosa, ou seja, criados por Deus. Amaral e Miguel (s/d) que destacam o posicionamento de Salomão como pro criador dos provérbios devido à sabedoria que lhe foi dada por Deus. Chia (2002) que relaciona a cultura chinesa baseada nos provérbios chineses, demonstrando a importância deles para essa sociedade. Dentre outros autores que serviram de embasamento teórico para este artigo cientifico.

Os provérbios são analisados neste estudo como um gênero, que ao buscar aconselhar através de experiências anônimas, passam a pertencerem aos indivíduos que os pronunciam. Emaranha-se num contexto histórico e evolutivo do gênero, analisando-se sua função, estilo e diferenciação entre famílias de texto do mesmo gênero, como também de gêneros diferentes.


CONCEITO E BREVE HISTÓRICO SOBRE GÊNERO

Nos dias atuais vêem os gêneros de uma forma nova. Então, a grande dificuldade para tratar desse tema é justamente pelas inúmeras e diversas fontes e perspectivas de análise.

Os gêneros textuais, na maioria das vezes, não são tão fáceis de definir e classificar. Alguns estudiosos partem do domínio discursivo, outros explanam suas análises aproximando-se do conceito de texto e de suas modificações. O domínio discursivo refere-se ao caráter da linguagem, esfera discursiva. As tipologias costumam agrupar os gêneros, de acordo com a abordagem escolhida pelo teórico.

O conceito de gênero não é tão recente, desde muito tempo os retóricos e estudiosos de literatura antiga ou clássica já demonstravam diferentes formas das que são hoje as concepções de gênero.

De acordo com Marcuschi (2008, p.147): “O estudo dos gêneros textuais não é novo, e, no ocidente já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se consideramos que sua observação sistemática iniciou-se em Platão”.

Por muito tempo, os gêneros foram estudados visando apenas os gêneros literários. No passado o discurso oral ou escrito também era analisado apenas numa concepção retórica. Nesta análise, eram considerados somente os elementos da comunicação indispensáveis para o gênero realizar-se, os quais eram “ter o que dizer”, “ter alguém interessado na mensagem” e “alguém que fale”, assim, a mensagem encontrará sua realização.

Para uma análise dos gêneros orais, pode-se perceber que os estudos nesta área não são tratados com muita freqüência. Um gênero classificado oral seria, conforme Marcuschi (2008, p.187): “uma noção cotidiana usada pelos falantes que se apóiam em características gerais e situações rotineiras para identificá-lo”.

Neste sentido, percebe-se que os gêneros orais, constroem-se a partir de uma consciência popular coletiva, a qual, em situações habituais se dirige sobre o que produz e o que vai produzir em dada situação comunicativa. Esses gêneros surgem a partir das relações comunicativas entre os falantes que delas participam.

Os gêneros são percebidos a partir do convívio na sociedade. Como afirma Marcuschi (2008, p.190): “(...) os gêneros são padrões comunicativos socialmente utilizados, que funcionam como uma espécie de modelo comunicativo global que representa um conhecimento social localizado em situações concretas”.

Desta forma, partindo-se de situações palpáveis, adquire-se um conhecimento representado por circunstâncias que ocorrem em todos os meios, é assim que os gêneros adquirem sua funcionalidade.

Os textos situam-se em determinados domínios discursivos, que de acordo com Marcuschi (2008, p.194):

(...) produzem modelos de ação comunicativa que se estabilizam e se transmitem de geração para geração com propósitos e efeitos definidos e claros. Além disso, acarretam formas de ação, reflexão e avaliação social que determinam formatos textuais que em última instância desembocam na estabilização de gêneros textuais. E eles também organizam as relações de poder.

Assim, podem-se observar, nesse contexto, os provérbios, os quais, são interpessoais, transmitem uma espécie de moral ao longo dos tempos, refletindo sobre o homem e organizando uma experiência coletiva pertencente a todos os que deles se utilizam.

No dias atuais, o conceito de gêneros não é somente vinculado a literatura, mas, como analisa Swales apud Marcuschi (2008, p.187): “hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distintiva de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com ou sem aspirações literárias”

Assim, pode-se utilizar do conceito de gênero para referir-se a inúmeras áreas de estudo que tratam de textos, tanto escritos como orais.

Aristóteles faz referências aos gêneros de discurso retórico, o qual, o deliberativo parece assemelhar-se ao intuito dos provérbios, como se pode observar em: “(...) o discurso deliberativo servia para aconselhar/desaconselhar, e voltava-se para o futuro por ser exortativo por na natureza.” (MARCUSCHI, 2008, p.188), isto é do ponto de vista funcional.

Dessa forma percebe-se uma ligação entre o discurso deliberativo e os provérbios, pois aquele se volta para aconselhar, como também acontece com este, que demonstra o que é certo ou errado, trazendo uma espécie de visão de mundo através de aconselhamentos.

Contudo, os gêneros estão cada vez mais presentes no cotidiano de todos e conforme Marcuschi (2008, p.189), o gênero é: “Uma categoria cultural, um esquema cognitivo, uma forma de ação social, uma estrutura textual, uma forma de organização social, uma ação retórica.”

Pode-se perceber que os gêneros são culturais, sociais, trabalham com a cognição, dentre outras. Enfim, os gêneros são de extrema utilidade numa sociedade, pois o estudo deles pode-se ter inúmeras visões sobre os textos, tanto escritos como orais.


CONCEITO E ORIGEM DO GÊNERO PROVÉRBIO


Até os dias atuais, os estudiosos ainda não conseguiram conceituar com precisão o gênero provérbio, pois se a semelham muito com frases constituídas por teor moral. No entanto o site Sua Pesquisa conceitua provérbio como:

(...) ditos populares (frases e expressões) que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais. É muito comum ouvirmos provérbios em situações do cotidiano.

O fato de os provérbios serem criados por pessoas, muitas vezes, anônimas traz em seu estilo estruturas fáceis de decorar, tornando-se simples, curto e direto. Os mesmos tratam de inúmeros assuntos da sociedade e da vida cotidiana, trazendo sabedoria, geralmente transmitida em forma de conselho, por isso se tornou de uso popular, abrangendo todas as camadas populares.

Etimologicamente, a palavra provérbio originou-se da palavra latina proverbim. A essência dos provérbios tem origem muito distante, e só não pôde ser comprovada devido à inexistência da escrita, pois até então só ultilizavam-se da oralidade como forma de transmissão. No entanto, há uma nova hipótese que aponta que as primeiras fontes acerca dos provérbios surgiram em tempos distantes na civilização egípcia, acerca de três mil anos antes de Cristo, conforme Albuquerque (1989, p.35):


(...) os ‘sebayts’ (ensinamentos), equivalentes aos provérbios atuais, são citados desde o terceiro milênio a.C. Entre os hebreus e os aramaicos, o provérbio representava a palavra de um sábio. No século VI a.C., aparecem as Palavras de Ahiqar e, no século IV a.C., os Provérbios de Salomão. Entre os gregos, ‘gnômê’ (pensamento) e ‘paroemia’ (instrução) cobrem as noções de provérbio, sentença, máxima, adágio, preceito etc., aparecendo em obras de Platão, Aristóteles e Ésquilo (...)

Observa-se exemplos de provérbios entre os sumérios, na china, na civilização romana, na Grécia como também no ocidente e no oriente, eternizando-se a partir da Idade Média e atingindo seu domínio até os dias atuais.

Pode-se analisar ainda que a origem dos provérbios possa ter sido de cunho religioso, como diz Xatara e Succi (s/d, p.03):

Provavelmente a origem da palavra provérbio seja até religiosa e não seria de se estranhar, ao se decompor "provérbio", como alguns autores acreditam, que ele tenha derivado de pro (em vez de, no lugar de) + verbo (palavra de Deus), ou seja, no lugar da palavra de Deus, já que nele sempre se encerra um conselho, uma admoestação.

Analisa-se assim, que os provérbios advêm de inúmeras fontes culturais, dentre as quais se podem citar as de cunho religioso, como os provérbios da Bíblia, mas todos sempre trazem um conselho incontestavelmente verdadeiro em sua essência.


TIPOS DE PROVÉRBIOS E SUAS DISTINÇÕES

O teor dos provérbios é extenso, envolve desde argumentos intelectuais, até assuntos objetivos que abrangem o procedimento do sábio, na rotina diária. Já que todos eles estão direcionados para o cumprimento dos valores de forma correta e que facilite o convívio entre todos. De acordo com a Bíblia (2005, p.727):

Estes provérbios nos ajudam a dar valor à sabedoria e aos bons conselhos e a entender os pensamentos mais profundos. Eles nos ensinam a vivermos de maneira inteligente e a sermos corretos, justos e honestos. Podem também tornar sábia uma pessoa sem experiência e ensinar os moços a serem ajuizados. Estes provérbios aumentam a sabedoria dos sábios e orienta os instruídos, fazendo que entendam o significado escondido dos provérbios e dos ditados e compreendam os mistérios que os estudiosos procuram explicar. (Pv 1:2-6)

Assim, nota-se o valor supremo dado por Deus a Salomão através do próprio livro de Provérbios, pois ele mesmo aponta a sua potencialidade e suas incontestáveis recomendações.

Pode-se levar em consideração, a existência de uma série de conselhos que induzem a comportamentos baseados em uma experiência já vivenciada, neste caso pelo rei Salomão, citado na Bíblia e conforme Amaral e Miguel (s/d, p.5):

(...) os Provérbios de Salomão, ou simplesmente provérbios, está entre os livros que mais abordam conselhos comportamentais, o que implica em um tipo de mediação ético-cultural. Segundo a tradição bíblica, Salomão ou Sh’lomo, destacou-se entre os “filhos de Israel” como o Rei mais sábio de toda história judaica, por promessa divina, como preservado no segundo livro de crônicas: sabedoria e conhecimento te são dados; e também te darei riquezas, bens e honra como nenhum rei antes de ti teve, nem haverá depois de ti rei que tenha coisas semelhantes (2Cr 1:11).

Esses conselhos atingem a todos, com superioridade em relação a qualquer outro meio de advertência, pois seu caráter simbólico ultrapassa gerações. Um exemplo desses provérbios bíblicos está no livro de Provérbios (2005, p.736) “Aquele que quer aprender gosta que lhe digam quando está errado; só o tolo não gosta de ser corrigido” (Pv. 11:1), (ANEXO 1). Com isso podemos ver primeiramente que esse provérbio servirá para todas as faixas etárias e ao longo dos tempos, logo em seguida podemos notar que a pessoa que tem uma ampla visão sobre os conhecimentos sempre estará disposta a ouvir e conhecer ainda mais, contudo aquele que não admite o erro nunca estará disposto a aprender com o próximo, ficando sempre preso a tolices, preconceitos e aos seus próprios conceitos.

Há ainda outro tipo de provérbio, o Chinês, que se pode nomear como eruditos e populares, estes sendo de origem desconhecida e seguido da tradição oral, aqueles mais eruditos, advindos de frases de pensadores famosos ou poemas. De acordo com Wikipédia:

(...) os longos e complexos têm origem em passagens históricas ou literárias – procedem de pensadores consagrados ou de poemas famosos – e são eruditos, os chamados chéng-yü (que literalmente significa: expressões feitas). Já os provérbios mais curtos e simples, são muitas vezes de origem desconhecida (tradição oral), são esses os provérbios populares, os chamados sú-yü (que literalmente significa: expressões populares).

Nota-se que, mais uma vez, os provérbios acabam fazendo parte da maneira de expressão de uma cultura, tornando-se algo natural na vida de seus habitantes como apresenta Chia (2002, p. 01):

E no caso da cultura chinesa o uso dos provérbios na língua é quase obrigatório, ainda que seja numa conversa cotidiana ou num texto simples do dia-a-dia. Ao usá-los, o discurso se torna mais natural e espontaneamente chinês, o que faz com que seja mais agradável aos ouvidos de quem fala esta língua, já que os chineses incluem, de fato, provérbios nos seus pensamentos e raciocínios. Para os chineses, os provérbios são sentenças concisas e prontas que todos conhecem; e não há porque não usá-los já que são belos na forma e sábios na idéia.

Pode-se perceber que os chineses já pensam em formas de provérbios, os quais estão presentes em todas as suas conversas, pois tem beleza, além de trazerem sempre um pensamento sábio acerca de tudo, assim como outros tipos de provérbios. Podemos ver em Wikipédia: "Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar, e você o estará alimentando pelo resto da vida." (ANEXO 2). Isto é, se as coisas vierem de maneira fácil, nunca aprenderemos a lutar para conseguir-mos o que necesitamos, pois ninguém pode tirar o aprendizado da cabeça de seu possuidor.

Assim como os outros provérbios, o popular tem origem na tradição oral, onde é repassado de geração a geração através dos pais que pretendem levar além dos tempos os ensinamentos que receberam de seus antepassados. Uma outra hipótese que podemos levar em consideração é que os provébios devem ter sido transmitidos oralmente devido a grande ocorrência de analfabetismo presente em nosso meio. O provérbio popular foi desenvolvido de forma simples e acessívelm à todos. Conforme fala Velasso apud Júnior, Pastor e Costa (p.01):

A cultura popular brasileira está cheia de provérbios. Eles fazem parte da longa tradição da educação popular, educação que precedia a da escola, educação familiar. Antes do advento da televisão, dos shoppings e dos computadores, as famílias se reuniam e oralmente transmitiam às novas gerações seus costumes e tradições (...).

Assim, pode-se perceber o quanto os provérbios eram utilizados e seu valor perante a sociedade, porém com os novos meios de comunicação como a televisão e a internet, dentre outros, as famílias passaram a não se reunirem mais como antigamente, perdendo um pouco desse hábito tão significativo.

Os provérbios populares são tidos como verdades sem nenhuma contestação, pois não tem autoria, já que pertencem ao domínio público como se pode perceber no artigo de Abreu Paxe (s/d, p. 03):

A expressão "popular" torna-se paradoxal pelas seguintes razões: o seu uso é de âmbito amplo e restrito. Amplo porque implica o anonimato, é pertença de todos; pois, na sua utilização envolve todo o povo, ou seja, ninguém numa sociedade pode reivindicar a autoria dos provérbios, pode sim reivindicar a autoria de tê-lo proferido e demonstrar o grau de conhecimento e de interiorização da cultura, a sua sabedoria.

Assim, todos têm domínio sobre os provérbios, na perspectiva de que todos os utilizam inúmeras vezes, com diversas finalidades, tornando-se dessa forma propagador desse tipo de sabedoria. Como podemos perceber no anexo 3: “Errar é humano”, pode-se notar que este é um provérbio de estrutura pequena e de linguagem simples, expressa de maneira compreensível, pois todos os seres humanos estão sujeito a erros, já que todos são iguais. Os provérbios populares costumam ser simples e de fácil entendimento a todos.


A DIFERENÇA ENTRE PROVÉRBIOS E FRASES DE PÁRA-CHOQUES DE CAMINHÕES

O termo provérbio é descrito como algo bíblico ou não, seguido de ensinamentos, assim diz Simon apud Júnior et al (1989, p. 26-27) em:

Tem-se como estabelecido que as lexias textuais de caráter judicioso, extraídas da Bíblia, serão chamadas provérbios e não receberão nenhuma das outras denominações. Outro ponto comum é quanto ao aspecto da gravidade do provérbio; é um aconselhamento ou um juízo que pode ser repetido pelos eruditos (...)

Assim, o provérbio tem grandioso valor simbólico não apenas de ser guardado, mas de ser repassado e compartilhado por gerações. Já as frases vistas em pára-choques de caminhões passam mensagens que, em poucas palavras, compreendem-se as lições que este mundo, implacável, nos ensina muito sobre o além do que sabemos. As mesmas são de cunho melancólico que podemos ver em: “Se você é capaz de sorrir quando tudo dá errado, é porque já sabe em quem colocar a culpa", "Hoje encontrei chorando quem no passado riu de mim", "Antes eu sonhava, hoje eu não durmo". Ou de cunho engraçado como “Eu amo a sogra da minha mulher” e ainda reflexivo como: "O futuro do homem está escrito no seu passado". Porém as frases de pára-choques não possuem tanta potencialidade como os provérbios, pois aos poucos eles estão sumindo e fazendo com que as frases aos poucos fossem sendo substituídas por imagens adesivas de paisagens, tornando-as mensagens mais sintéticas. De certa forma o pára-choque era o lugar onde os motoristas se expressavam, porém atualmente isso raramente acontece.

Assim, pode-se perceber como as frases encontradas em pára-choques de caminhões nunca alcançaram a supremacia dos provérbios, pois estes estão propagados em todos os tipos conversas, encontram-se em todas as classes e tem um valor irrefutável.

METODOLOGIA


A metodologia utilizada nesta pesquisa foi de caráter descritivo e bibliográfico, uma vez que se descreveram os dados de autores coletados e analisados em subitens para que se compreendesse melhor o desenvolvimento da pesquisa.

A pesquisa foi caracterizada em comparação e origem do gênero, evolução do gênero provérbio, no qual, incluíram-se o bíblico, chinês e popular, e por fim, diferenças entre os gêneros provérbio e frases de pára-choque de caminhão.

Em seguida, a divisão dos subitens procurou desenvolver-se a partir de pesquisas em livros e sites que falassem do assunto. Os dados coletados foram analisados, selecionados e comentados para que fossem utilizados no corpo do artigo.

Logo após, foram selecionadas as informações principais e elaborado o texto final do artigo científico.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


A partir desta pesquisa puderam-se perceber alguns pontos fundamentais em que se baseiam os provérbios. Dentre eles estão a importância de tentar eternalizá-los através da linguagem escrita, e principalmente oral, em que são repassados de geração a geração.

Verdadeiramente incontestáveis, os provérbios desde sua origem trazem ensinamentos a todas as pessoas, tais ensinamentos são de posse geral, pois não há um autor especifico que se responsabilize por seus princípios, salvo o provérbio bíblico que teve, segundo a bíblia, inspiração divina.

Espera-se que este artigo sirva de reflexão e que possa-se entender melhor sobre este esplêndido e importante gênero que são os provérbios tanto para aqueles que o contemplam e que desejam trabalhar com o gênero provérbio, quanto para os que apreciam esse gênero.












REFERÊNCIAS

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AMARAL, Emerson Santos; MINGUEL Igor da Silva. Provérbios de Salomão: Conceitos educacionais e mediacionais.

BÍBLIA SAGRADA: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001

CHIA, Ho Yeh. Provérbios Chineses e Valores Confucianos. Disponível em: <> Acesso em 22/10/2010

INAGAKI, Alexandre. Pensar enlouquece, pense nisso. Disponivel em: <>

JÚNIOR, Álvaro Bragança; PASTOR, Jordi Pardo; COSTA, Ricardo da. O Livro dos Mil Provérbios. São Paulo: Editora Escala, 2007.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de gêneros e compreensão. 3 ed. São Paulo: Parábola, 2009.

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XATARA, Claúdia Maria; SUCCI, Thais Marini. O campo dos estudos proverbiais na lingüística.

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